
È enstranho... Numa noite dessas depois deu sair da faculdade, inicio do periodo letivo, fiquei no ponto de ônibus com minha colega, fazendo companhia a ela enquanto seu ônibus não chegava.A conversa estava mais que legal. Falavamos sobre homens e os gatinhos de nossa sala. Nossos ficantes e com quem queriamos ficar. Estava tudo muito bom, mas me lembrei que naquela noite tinha marcado um esquema com um gatinho, e não poderia continuar aquele papo com ela. Bem neste momento meu "compromisso" chegou(risos). Entrei no carro e ainda ofereci carona para ela, mas não aceitou, então fomos só eu ele tomarmos uma cerveja. Entao fomos num bazinho que ele costuma frequentar, sentamos e falamos sobre frivolidades. Bebemos muito e um dado momento eu já esta meio zonza, e rindo a toa. Qualquer coisa me fazia rir, e o papo tava bom a bessa. Era prazeroso bater papo com ele. Estava tudo indo muito bem. O papo tava legal a companhia agradável, mas como sempre que acontece comigo, tem de ter um porém. E teve. Depois de tomarmos a cerveja e comermos uma porção de batatinhas fritas, fomos embora. Eu já estava meio "grongui" e sem raciocinar direito, tanto que nem vi a hora que ele passou direto pela entrada da minha casa e se encaminhou por outro local rumo a um motel. Assim que voltei a razão e percebi que estavamos demorando demais para chegar em casa, me liguei e perguntei a ele para onde estamos indo, ele desconversou e disse que nem tinha percebido, mas eu tinha percebido. Tanto que logo quando chegamos a estrada do motel disse a ele que não iria descer do carro e fiquei quieta. Ele me olhou meio constrangido, mas mesmo assim comtinou seu percurso, mas antes disso me disse o seguinte:
- Eu sei que você não queria estar aqui.
- E por que você me trouxe aqui?_perguntei já estressada
- Só que você me ouça e para isso você não precisa nem sair do carro.
- Mas pra isso não precisamos entrar no motel. - A esta altura nós já estavamos na entrada do motel.
- Sim, eu sei...
- Então você pode dar marcha ré e podemos parar o carro em algum lugar mais sussegado e você poderá me dizer o que quiser. _ e ainda frizando eu disse. - Se você entrar ai eu não sairei do carro. E falo sério!
- Olhe só... _ ele começou a me enrolar. - Você me ouve e não precisa nem sair do carro, mas ai se depois do que eu te falar você ainda quiser ir embora, nós vamos.
E sem pensar duas vezes ele saiu do carro, pediu um quarto no motel e entramos.
Já na garragem do motel, ele desligou o carro e falou:
-O que tenho para te dizer, é muito confidencial e sei que posso confiar em você. - Nisso eu estava quieta e ele continuou. - Na semana passada estava com uma garota, mas não consegui transar com ela. Esta semana estava com outra e também não consegui... Te trouxe aqui por que sei que posso confiar e contar com você. _ Se ele queria alguma confirmação minha ia ficar esperando. Ele continuou. - A alguns dias atras sai com uma garota e não consegui transar com ela e esta semana sai de novo e nada aconteceu. _Ele parou de conversar de repente. O carro estava no mais completo silêncio e eu não ousei quebra-lo. Estava com muito sono e não queria ouvir mais nada, queria minha cama, meu travesseiro, acordaria muito cedo no outro dia. Vendo que eu não iria ajuda-lo, ele continou. - Você não acreditar, mas isso nunca tinha acontecido comigo._ Outro silêncio se instalou no carro. Ficamos assim durante mais ou menos vinte minutos. Ate que eu resolvi falar, afinal se não falasse nada iriamos ficar ali, a noite inteira e minha cabeça já estava doendo de sono.
- Eu posso te entender, mas você também tem que saber que isso acontece com todo homem.
- Mas NUNCA aconteceu comigo!_ Outro silêncio mais pesado ainda. Mas eu não iria mais abrir a minha boca, aquilo já estava virando o drama dos mais baratos. Coisa de novela, e minha paciência já estava se esgotando. Sabia se abrisse a boca, não iria sair de bom. (risos).
Nisso ele me olhou com aquele olhar de súplica, eu já sabia o que vinha por ai. Mas não queria nem pensar, só de pensar já me dava calafrios. Estava um pouco amedrontada, por estar num motel , com um cara que nem ao menos tive as preliminares. Era irreal de mais, e eu fechei meus olhos, tentando em vão acordar daquele pesadelo, mas tive a constatação de que aquilo era real no exato momento me que ele disse as seguintes palavras:
- Sò você pode me ajudar! Eu não ousario pedir isso a outra mulher a não ser a você. Eu confio em você!._Outro silêncio. - Diz que pode me ajuadar.
Eu abrir meu olho, e dei de cara com um homem desesperado. Mas vendo isso apenas disse:
- Não posso! Não dá!_ e tornei a fechar meus olhos. Como eu poderia ajudar um cara, não estando sobria? Era loucura eu já estar ali, imagine fazendo vocês sabem o quê! (risos).
Depois disso ele saiu do carro e ficou mais dez minutos dentro do quarto. Nisso eu ouvi uns gritos meio perto e fiquei com um pouco de medo, só ai eu percebi que estava num motel e aqueles gritos vinham do quarto ao lado. Fiquei ainda mais tensa. Queria ir embora dali rápido! Estava mais constrangida com aquilo tudo, do que com sono.
Ele voltou e veio de novo pelo meu lado do carro. Tentou me tirar no carro, mas fui incisiva e disse não. Parecia mais um sonho. Abria e fechava os olhos, mas a cada momento aquilo se tornava mais real e assustador. Ele voltou a insistir:
- Entra comigo. Você nem precisa fazer nada._ ele implorava.
- Mas eu não posso!
- Me diz pelo menos o porque.
- Não tem um porque... Apenas não dá.
- Só você pode me ajudar. Não precisa rolar nada.
- Mas eu não posso... Sinto muito, mas não dá.
Nisso ele deixou o meu lado e bateu a porta do carro, dizendo que ia pagar a conta. Pronto! Pelo menos iria para casa. Aquilo já estava me deixando estressada. Suspirei de alívio. Estava acabado!
Ele voltou meia hora depois. Fomos embora.
Durante todo o percurso de volta para casa, estivemos em silêncio. Nem uma palavra foi pronunciada. eu já estava mesmo e dormindo, cochilando. Encostei no banco do carro e deixei que ele fizesse o percurso,sabia que ele não iria mais mudar de rumo (risos).
Ele me deixou na porta de casa e me deu beijo de despedida.
Vocês podem estar imaginando que isso foi o pior da noite. Mas não foi!
Quando chegamos a minha casa, minha mãe estava na porta me esperando.
Ela viu quando dei um beijo nele, e perguntou quem era ele. Como não sabia o que responder, disse que era meu chefe, mas ela não engoliu. Me olhou com olho atravessado e entrou. Não falou mais nada e aquilo significava que eu estava numa enrascada. Mamãe passou uma semana sem falar comigo, pois logo na manhã seguinte ele me ligou e como meu celular estava longe de mim, ela atendeu, e ouviu quando ele falou que não conseguiu dormir. Claro que ela pensou logo o pior e eu estava numa fria!
Passei um sofoco, com ele logo depois, pois ele não parava de issitir, e eu sempre desviava o assunto, mas ele sempre insistia.
Eu tinha mesmo esta sorte. Minha mãe magoada comigo, pensando o pior de mim. E um cara atras de mim querendo voltar a ser homem. Tenho uma sorte danada!
Vocês devem estar se pergundo o porque deu não contar nada ela, sobre o assunto, nem ao menos inventar uma desculpa, para poder remediar a situação. Mas eu não podia, estava mais constrangida e pensava em como resolver esta questão, e cheguei a unica resposta que seria a melhor para todos: eu teria que mudar de cidade. Mas como isso não esta em questão, tenho que ter muito jogo de cintura. Mais as vezes confesso que desabo, e me rendo. Não sabendo mais o que fazer.
Desabafei isso com minha colega, mas a ela, não vem mais nenhuma idéia de como me ajudar, ou seja, eu estava mesmo ferrada!
Já se passou uma semana e minha mãe já esta conversando um pouco comigo, mas não como antes, rindo e fazendo troça de mim, mas pelo menos já é uma vitória.
Ele nem vejo muito. Graças a Deus!
Tá tudo tranquilo, mas ate quando?